terça-feira, 27 de outubro de 2009

O blog ANGOLANOTICIA foi ate ao encontro da magnifica cantora PEROLA para uma entrevista

Disse a cantora *  PEROLA *: A FAMA NÃO ME ILUDE

Essa foi a palavra que mais marcou nessa entrevista
Ai procegue-se a entrevista com a cantora::::::::::::::::::::::::::::::


Quem é a Pérola? A Pérola é uma cantora, nascida no Huambo, vinda de uma família simples, conservadora, muito unida e alegre (risos). Considero-me uma pessoa despretensiosa, amiga dos meus amigos e sem preconceitos. Lido facilmente com as pessoas, de forma simpática, cordial e sempre na base do respeito.

Ser cantora e apresentadora, qual é a sensação?
A música vem do berço, era e é o meu grande sonho, foi algo que sempre procurei fazer, com muito amor, empenho e dedicação. Por isso, é um desafio que encaro com responsabilidade, mas com naturalidade. A apresentação foi uma oportunidade aliciante, que surgiu de um convite, para o qual não estava preparada na altura. O meu compromisso ao aceitar foi preparar-me, dedicando-me de corpo e alma ao programa e, foi isso que aconteceu. Hoje sinto-me feliz pelo resultado do trabalho que tenho feito.

Alguma vez já tinha pensado em fazer televisão?
Confesso que sim, mas quando era mais nova. Na época, o Carrossel despertava o interesse a qualquer criança, e aí, confesso que tive vontade e a pretensão em fazer parte do elenco do programa. O convite para o programa Viagens foi inesperado e na altura fazer televisão não estava, sinceramente, nos meus planos.

Fala-nos do programa que apresenta na TPA 2?
O Viagens é um programa que tem uma componente educativa e cultural, apresentado de forma descontraída. Ajuda-nos a conhecer um pouco mais de todo mundo e, em particular o nosso País. Conheci províncias e lugares de Angola que não conhecia, aprendi mais um pouco sobre a nossa cultura, a história, e também tive o prazer de ver de perto as pessoas de todas as faixas etárias que gostam do meu trabalho.

Revês os programas que apresentas?
É indispensável. Faz de certa forma parte do processo de aprendizagem. Confesso que no princípio era complicado porque não tinha muita confiança no que fazia, mas com o apoio da equipa que trabalhou comigo, fui corrigindo e tornando obrigatório a revisão de todo o trabalho. É um trabalho que requer empenho, mas é igualmente muito enriquecedor.

Acha que o facto de ser uma cantora de sucesso foi importante para ser chamada pelo canal 2?
Acredito que tenha sido um dos factores. Acho que as pessoas que já gostavam de mim como cantora, com certeza, teriam curiosidade em acompanhar o programa. Por outro lado, porque um artista deve trabalhar para ser um bom comunicador, pois interage constantemente com o público, presumo que a minha capacidade de comunicação tenha sido também considerado. Entendi o convite como o reconhecimento do meu trabalho.

Como é que a família e os amigos encaram este seu novo desafio?
Foi a minha família que me incentivou a aceitar o convite e deram-me todo o apoio necessário para que eu tivesse uma experiência única. Os meus familiares são nota 10 (risos). Os meus amigos também apoiam-me como sempre, e no caso desta experiência, acreditaram em mim e deram-me muita força.

Qual foi a tua maior falha durante as gravações ?
Com sinceridade não me recordo de nenhuma falha engraçada. Apenas recordo-me que tinha que repetir determinado texto várias vezes, por culpa de uma palavra ou outra, que não soava bem. Mas até isso faz parte do processo de aprendizagem.

Qual é a sua fonte de inspiração para tantos talentos?
Para começar, revejo-me muito nos meus pais. Eles são a minha maior fonte de inspiração. O meu Pai fez parte do um grupo musical no Huambo “Estrelas do Sul”, e a minha mãe cantou na igreja. No entanto, tudo que faço é com muita determinação, persistência e entrega. Gosto de desafios e assumo-os.

Sente-se realizada?
Ainda não (risos). Sou jovem e acredito que tenho muito mais para oferecer.

Qual o evento que marcou a sua carreira musical?
Bem, é uma pergunta um pouco complicada. Todos os eventos em que participo marcam a minha carreira e são sempre muito especiais para mim, por uma razão ou por outra. Todos contribuem para quem eu sou. Participo sempre com o mesmo entusiasmo, com o muito amor e entrega em todos eventos, mas devo enfatizar os em que fui premiada.

Existem muitas escolas de música em Angola, a Pérola tem acompanhamento de alguma escola ou professor cá em Angola?
Tenho o acompanhamento de um professor de canto. É fundamental e essencial para me manter em forma.
Acha importante haver uma escola de música em Angola?
Sim. A formação é muito importante em qualquer ramo. A música não pode ser uma excepção. Existem no mercado já muito bons profissionais. No entanto, é necessário continuar a apostar na formação e as escolas têm esse importante papel.

Que ídolo nacional ou internacional inspirou a tua carreira musical?
Quando era mais nova, ouvia muito Celine Dion, Fáfá de Belém, Whitney Houston, Mariah Carey…Agora oiço vários artistas tanto nacionais como internacionais. Cada um destes artistas inspira a minha música, a minha interpretação e a forma de estar em palco. Nunca ficamos indifrentes ao que os outros fazem

Fale-nos do Cara & Coroa. O que podemos esperar deste disco?
Cara & Coroa é o meu novo álbum com 13 faixas musicais, com várias influências e diversos estilos, onde poderão encontrar temas em RnB, Zouk e Kilapanga, este último cantado em língua “Umbumdo”. Este trabalho foi produzido entre Angola, Brasil, França e Portugal, pelo Heavy C, Ekuikui, Jerry Charbonnier, Wonder Boyz, Dmage e Cervantes.
Contém participações de Totó, Young D, Jerry Charbonnier e Heavy C. Tal como no meu primeiro trabalho discográfico “Os Meus Sentimentos”, este disco também inclui RnBs. Portanto não houve mudanças, mas sim um acréscimo de estilos.

Porquê este título?
Cara & Coroa foi a melhor forma que encontrei. Cara representa o Rnb, o que as pessoas habituaram-se a ouvir-me cantar e, Coroa, a parte que representa simbolicamente os “novos” estilos que entram.
Dedica o álbum ou alguma música especial a alguém?
Sim. O álbum dedico aos meus fãs e a todas aquelas pessoas que se identificam comigo e com o meu trabalho. Foi feito de coração para elas. Faço no entanto, uma dedicação muito especial numa das músicas à minha mãe, a quem devo tudo o que sou. Sem o apoio dela não teria chegado até aqui e esta música é uma pequena homenagem, e um muito obrigado a tudo o que ela representa para mim. Mãe te Amo! (Risos)

O que os seus fãs podem esperar deste seu trabalho?
Encontrarão com certeza uma Pérola mais madura, fruto da minha dedicação e preparação mais intensa em relação a música. Tenho aprendido muito e aproveito todas as oportunidades, seja na troca de experiências com outros artistas, nacionais ou internacionais, ou ainda, nos vários eventos em que participo para adicionar valor ao meu trabalho. Estou muito satisfeita com o resultado final e portanto, espero acima de tudo que eles se identifiquem com álbum.

Fale-nos da música Presta Atenção, há quem diga que a Pérola plagiou a música.Conte-nos o que aconteceu…
O instrumental “beat” da música Presta Atenção foi produzido pelo Jerry Charbonnier, detentor dos direitos intelectuais do mesmo, que já tinha usado esse mesmo instrumental num dos seus projectos anteriores, mas sem sucesso, e por isso decidiu revender. Eu ouvi o instrumental, gostei e paguei para o usar.
A partir desse instrumental foi feita a melodia e a letra por mim e pelo Heavy C, dando origem à música Presta Atenção, que felizmente tem tido a grande aceitação que se conhece. Ao utilizar no CD Picante 3 e no CD Cara & Coroa, identifiquei claramente o produtor do instrumental, o Jerry Charbonnier neste caso. Só isso é suficiente para esclarecer qualquer dúvida. A tentativa de se falar em plágio deixa-me triste e a pensar nas verdadeiras intenções de quem está por de trás deste assunto. O próprio Jerry Charbonnier ao saber deste caso ficou surpreso pela falta de esclarecimento de algumas pessoas.

Alguma vez foi difamada ?
Sim, senti isso no caso do instrumental do Presta Atenção. O facto de estarmos expostos não quer dizer necessariamente que estejamos preparados para ouvir acusações falsas e de má fé. Confesso que este assunto deixou-me no início triste, uma vez que na altura estava concentrada a trabalhar na conclusão do meu álbum, mas na verdade, não dei importância porque não tinha qualquer fundamento.

O prémio de música no Kora incentivou algo neste seu novo trabalho?
Incentivou com certeza e isso reflecte-se neste novo álbum. É uma responsabilidade muito grande ser até ao momento a única angolana a receber esta homenagem e, portanto, inspira-me a trabalhar mais.

Quem agenda os teus espectáculos? Depois do lançamento será que já existe uma agenda?
Os meus espectáculos e os eventos em que participo são agendados pelos meus agentes, Dilan Oliveira e a Deisy Valigy que tratam de toda a contratação. Tenho já alguns convites, que serão muito brevemente divulgados.

Existe algum site ou lugar onde os teus fãs possam falar contigo, verem o teu trabalho e saberem mais sobre ti?
Estou a preparar o meu website http://www.perola.info que será apresentado muito em breve. Mas para já os meus fãs podem consultar algumas informações minhas no meu myspace http://www.myspace.com/perolaaj e hi5 em http://perolana.hi5.com . São estes os meus contactos para quem quiser.

Sabemos que faz muitas participações. Para quando um grande espectáculo da Pérola, único, preparado apenas para si?
Cantar para mim é um sonho. Vivo para a música, portanto sonho igualmente com um grande espectáculo. Neste momento a minha prioridade é o lançamento do álbum, mas, assim que estiverem reunidas as condições para poder apresentar o meu trabalho ao público, farei com muito gosto.

E projectos para o futuro?
Para já vou dedicar-me, nos próximos tempos, à promoção do meu álbum. Gostaria de cantar por todo o país, mas também de apostar no mercado internacional. Vender no estrangeiro é o sonho de qualquer artista. Entretanto se surgirem outras oportunidades terei todo o gosto em analisar.

O coração da Pérola já tem dono?
O meu coração tem dono sim. O meu namorado é uma pessoa romântica, atenciosa e acima tudo muito minha amiga.

Ele apoia a tua carreira?
Ele é meu fã, gosta daquilo que faço e, consequentemente, apoia muito o meu trabalho, o que me torna muito feliz.
É ciumento?
Ele é sim e se não fosse eu ficaria triste.(risos) Eu também sou ciumenta. Contudo não exageramos

Família o que é para si?
É tudo para mim. Eles definem quem eu sou e de onde eu venho. Revejo-me muito na minha família, são o meu grande suporte. Aprendi e aprendo muito com eles, passam-me valores e princípios de vida muito importantes.

Entre discotecas e festas, por qual opta?
Prefiro uma boa festa. Gosto mais de ambientes familiares. Entendo que a família e os amigos são muito importantes.

Voltando a si, será que é uma boa dona de casa?
Não gosto de responder por mim a este tipo de questões, mas sem querer fugir à pergunta, acho que posso ser considerada, sim, uma boa dona de casa.

É religiosa ou supersticiosa?
Acredito em Deus e a minha fé nele é grande. Sou católica praticante e procuro a minha orientação nos ensinamentos do Senhor.

Sente-se famosa?
Famosa não, diria conhecida.

É fácil lidar com esta fama que já conquistou?
Bem, agrada-me o reconhecimento e os elogios que recebo. É muito gratificante e incentiva-me a continuar a fazer o meu trabalho. A parte complicada é a exposição, que logicamente, invade a minha privacidade. Tento fazer a separação do que é apenas privado com a minha vida profissional, e por isso sempre que achar que devo proteger algo sobre mim, assim o farei.

O nosso país está numa fase de reconstrução e mudança. Qual é o seu contributo?
Eu sou uma artista. Como tal o meu papel o meu contributo para a nação é divulgar através do meu trabalho, mensagens de amor, de esperança, de incentivo, a mudança de atitudes impróprias, de combate a preconceitos e a tabus na sociedade. Tento fazê-lo de uma forma simples, com mensagens que todos compreendam e que de uma forma ou de outra se identifiquem. Esse é o meu singelo contributo.

Ainda falando de mudanças, dentro do país, existe alguma coisa que gostaria que mudasse?
Espero que continue a evoluir como tem estado, que se torne uma sociedade ainda mais justa, mais equilibrada e, que se preste atenção aos que mais precisam. Por outro lado, que se resgatem e se preservem os nossos hábitos e costumes. Que se valorize mais a nossa cultura e a nossa arte. Que individualmente cada um contribua para o bem do nosso país, da nossa Angola.

Porque os músicos em Angola cantam muito em playback nos espectáculos? Qual será o problema — capacidade vocal, problema de som, ou falta de preparação?
Cantam porque os promotores dos eventos fazem os convites nesses moldes. O cantar ao vivo requer um nível de equipamento, que tem custos superiores e nem sempre os promotores optam por os considerar nos eventos. Naturalmente que a capacidade vocal ou a preparação individual depende de artista para artista, e pode também condicionar a actuação.
A artista refere-nos que neste seu último trabalho, Cara & Coroa, poderão encontrar uma Pérola mais madura, fruto da sua dedicação e de uma preparação mais intensa na música. “Tenho aprendido muito e aproveito todas as oportunidades”, diz.

Yuri da Cunha faz "tournée" com Eroz Ramazzotti


O cantor angolano Yuri da Cunha inicia a 22 deste mês uma “tournée” pela Europa, a convite do músico italiano Eros Ramazzotti

Em declarações à Angop, o porta-voz do cantor, Chalana Dantas, explicou que o autor de “Kuma kwa Kie” foi escolhido para abrir  50 shows da estrela italiana, com quem vai se exibir durante dois meses.   

O também instrumentista precisou que Eros Ramazotti fez o convite, porque “encantou-se com as performances artísticas de Yuri da Cunha e decidiu convidá-lo para patilharem o palco na digressão”.
“Os artistas estão a estudar fazer um disco conjunto, de forma a que o Yuri lance a sua carreira na Europa, onde tem sido convidado para diversos shows”, sublinhou.
 
Yuri da Cunha e a sua banda, que viajaram esta segunda-feira com uma comitiva de aproximadamente 16 integrantes, começam a cantar em Itália, França, Espanha, entre outros países.
 
Yuri da Cunha, que começou na música como cantor "piô", lançou o primeiro CD "É tudo Amor", em 1999, e o segundo intitulado "Eu", em 2005.
 
Vencedor de vários troféus nacionais, ganhou o prémio Rádio Luanda 2008, na categoria Kianda do Sucesso, pela quantidade de shows realizados ao longo do ano e valorização da cultura nacional.
 
Este ano, Yuri da Cunha venceu o Top dos Mais Queridos, com a música "Kuma Kwa Kié".

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Luanda a metamosfose.... Angola está des*(organizada)

Olhem os edicios que mostram que Angola esta a evoluir (IRONIA)




Edificio Major Canhangulo



Edificio Baía



Comandante Gika



Torres do carmo - Residencial

Luanda está em plena metamorfose. Vemos dezenas de prédios erguerem-se do solo para tocar o céu (arranha-céus). Com um plano urbanístico (louco) e pouco coerente ou mesmo inexistente, a cidade está a mudar.

Para Luanda “pequena”(cidade) e não para a “grande” (guetos). Para a Luanda do kinaxixi, da Maianga ou da Marginal, Avenida brasil não do Rocha, Golfo, Calemba do Sambizanga ou do Cazenga. Estas “obras”, ficarão todas “empilhadas”, umas em cima das outras como carros no engarrafamento. Muitos dirão “Xê, é evolução”.
Mas eu (Celso) acredito que isso nao estamos a evoluir como se tem dito por ai, e ai surge a pergunta... ANGOLA está em evolução ?
Não eu chamo isso de trasnformação...
Deixo a cada um a oportunidade de contemplar os edifícios que em breve farão parte do nosso quotidiano.

Alerta aos dirigentes (ANGOLANOS) ``` Mais propriamente a familia DOS SANTOS


Os tempos mudaram. A velha táctica de desinformação e de ocultação de factos para manter os angolanos na ignorância e no obscurantismo já não funciona em pleno. Porque os angolanos viajam cada vez mais pelo país e pelo mundo, vêem mais canais televisivos estrangeiros e, por isso, comparam cada vez mais a realidade nacional com a realidade dos países sérios, prósperos e organizados. Por esta razão, a virulenta estratégia de silenciamento da imprensa privada e de descrédito dos jornalistas que mais se distinguem nas sucessivas denúncias dos vossos desmandos e da vossa longa e desastrosa gestão governativa constitui um desperdício de recursos e de energias. É que o Povo não precisa de ler o Folha 8, o Angolense, o Agora ou outro jornal privado para avaliar a vossa longa governação nem para ter consciência dos enormes obstáculos que enfrenta nesta longa luta para sair da miséria e usufruir dos abundantes lucros das riquezas do País. O Povo sabe que vive numa sociedade cada vez mais injusta onde a pobreza absoluta da maioria convive lado a lado com a riqueza ostensiva de alguns. Os que vivem nas províncias não precisam de ouvir a Rádio Ecclesia para avaliar a vossa longa governação nem para ter consciência das suas precárias condições de saúde e nutrição. O Povo sente diariamente na pele e sabe perfeitamente que está longe de usufruir das condições que lhe permitam viver neste mundo o mais tempo possível. Todos conhecem as inumanas e caóticas condições dos hospitais públicos. Todos sabem que é por causa da vossa indiferença perante o desumano estado da saúde nacional que os óbitos abundam entre eles como uma praga. E não há ninguém que não tenha perdido um ente querido por causa de doenças facilmente curáveis.

Angola, uma democracia sem democratas* (?)

A palavra Democracia é, de longe, um dos vocábulos mais usados e mais procurados por todos os que amam Angola e se interessam pela actual conjuntura do nosso promissor País. Assim, não constitui surpresa o facto dos nossos dirigentes e alguns «clarividentes» que sustentam o regime vigente não se cansarem de anunciar aos quatro ventos que «a instauração da democracia em Angola tornou-se num processo irreversível e o nosso país afirma-se cada vez mais como um Estado de direito».

Só que a longa e atenta observação dos inúmeros e reiterados atropelos aos valores democráticos por parte daqueles que se dizem empenhados em consolidar a Democracia e instaurar o Estado de direito leva-nos a conclusão de que estamos perante o insólito caso de termos uma democracia sem democratas. Ou seja, na condução de todo o processo de consolidação da tão esperada Democracia, os nossos empenhados dirigentes não se sentem obrigados a cumprir as regras do processo democrático e a respeitar os valores fundamentais de um Estado de direito.

Assim, nesta tão gabada caminhada rumo à Democracia os dirigentes teimam em circular em contramão, insistem em viajar em sentido contrário, lançando o pânico e a confusão entre os utentes das vias democráticas e colidindo violentamente contra todos os valores da Democracia e do Estado de direito. Essa irresponsável e prepotente aventura tem provocado inúmeras vítimas e causado imensos danos ao exigente processo de Paz e de Desenvolvimento. E a maneira como decorreu o anúncio da data das Eleições Legislativas é o mais eloquente exemplo desta nossa democracia sem democratas. Vejamos:

Todos os intervenientes no processo eleitoral em curso, nomeadamente, o Presidente da República, a Assembleia Nacional, o Governo Central, Os Tribunais, os Governos Provinciais, a CNE, os Partidos Políticos, a Sociedade Civil, a Comunicação Social e os eleitores, estão obrigados a cumprirem escrupulosamente o que vem estipulado na Lei Eleitoral e no Regulamento da Lei Eleitoral.

Todos os que desejam ver uma Angola verdadeiramente democrática viram e ouviram José Eduardo dos Santos proclamar perante a África e o Mundo que as Eleições Legislativas de 2008 serão realizadas em 2 dias (5 e 6 de Setembro). Mantendo os velhos hábitos de autoritarismo e omnipotência, o Chefe do Estado não se sentiu na obrigação de justificar os motivos que nortearam esta decisão. Ora, o número 1 do artigo 38 da Lei Eleitoral estabelece que «a eleição realiza-se no mesmo dia em todo o território nacional». Assim, facilmente constatamos que o Presidente da República violou de forma pública e solene a Lei Eleitoral.

Para o bem da tão propalada instauração de um verdadeiro Estado de direito, por respeito à Democracia e aos angolanos e para honrarem o bom nome do País, os conselheiros do Presidente da República e os arquitectos que projectaram as eleições em 2 dias deveriam tomar uma das seguintes atitudes democráticas:
1- Ou cumpriam democraticamente o estipulado no número 1 do artigo 38 da Lei Eleitoral e aconselhavam o Presidente a anunciar a realização das tão aguardadas Eleições Legislativas em apenas 1 dia.
2- Ou promoviam a alteração da Lei Eleitoral vigente, introduzindo os 2 dias numa nova redacção do artigo 38. Dessa forma, evitariam que José Eduardo dos Santos ofendesse publicamente os bons costumes democráticos e desrespeitasse descaradamente um dos principais instrumentos de consolidação da Democracia e uma das importantes leis da República de Angola.

Todos os que amam Angola e se interessam pela actual conjuntura do nosso promissor País têm consciência da importância de não voltarmos a cometer os inúmeros erros que circundaram todo o controverso processo eleitoral de 1992. É por isso que os Bispos Católicos de Angola recomendam veementemente a todos os intervenientes no processo eleitoral em curso o rigoroso cumprimento das regras democráticas e das leis que regulamentam o pleito eleitoral, antes, durante e depois do período eleitoral, «para que as Eleições Legislativas de Setembro próximo venham a ser transparentes, incontestáveis, pacificas e democráticas».

Ate ja ouve inumeras musicas a retratarem sobre esse assunto, e uma delas, a que mais me marcou dizia mais ou menos isso...

O PAÍS NÃO TEM DONO, ANGOLA É DE TODOS NÓS! Os vários anos de guerra destruíram a vida espiritual do angolano. O amor esfriou-se completamente e ninguém quer saber do amanhã. Estamos todos a correr atrás de carros e casas. Comissões daqui e gasosa dali. Por isso, o País ficou preso na improdutividade e na corrupção. É hora de mudarmos este quadro feio pintado de sangue. Baixem as armas dos partidos e levantem os cérebros. O País deve ser colocado em primeiro lugar". (MCK)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Integridade «física» de Angola em perigo Novo Jornal

ISRAEL lançou o alerta: a imigração ilegal em Angola e o comércio descontrolado estão a tornar as fronteiras nacionais extremamente vulneráveis a ameaça externas. O sinal vermelho foi transmitido á segunda comissão da Assembleia Nacional ligada à Defesa e segurança, durante uma visita de alguns membros a Israel.

A segunda comissão da Assembleia Nacional ligada à Defesa e a Segurança está preocupada com a vulnerabilidade das fronteiras marítimas e com comércio descontrolado nas mãos dos estrangeiros ilegítimos em Angola.

Deputados desta comissão que estiveram em Israel para troca de experiência foram advertidos pelas autoridades daquele pais de que Angola deve analisar profundamente a entrada em massa de cidadãos no país, especialmente do mundo Árabe e do oeste Africano.

O aviso dado pelas autoridades de Telavive foi no sentido de alertar para o que ser uma estratégia deliberada em cidadãos desse país entram como homem de negócios mas acabam por desencadear acções perturbadoras no seio das populações e destabilizar a economia do país.

Para o feito, aconselham os serviços de Migração e estrangeiras (SME) e outros organismos ligados a segurança do estado para começarem urgentemente a examinar o tipo de actividades que estes comerciantes exercem em Angola.

Os deputados que estiverem em Israel foram ainda alertados para que Israel diz ser pouco investimento no que no que tange á segurança marítima, dado que segundo dados apresentados aos parlamentares angolanos, dos milhares de milhas sob tutela nacional, Angola não controla nem um terço. Esta situação faz com que muitas trocas comercias sejam efectuadas no alto mar dentro do espaço marítimo angolano, mas não são conhecidas pelas autoridades do pais por falta de navios de fiscalização e outros meios indispensáveis disse ao novo jornal um parlamentar que assistiu a um seminário que ocorreu em Luanda a porta fechada onde se discutiram seriamente as recomendações israelitas.

Actividades Dúbias

Os deputados receiam agora que muitas actividades dúbias se tenham infiltrado em diversos ramos de actuação económica de Angola, sob protecção de personalidades influentes da sociedade. Um deputado da Segunda Comissão que não quis identificar-se, declarou que “os altos índices de pobreza e o desemprego que assola o país estão a estimular a entrada em massa de emigrantes endinheirados em Angola “Um senegalês, uma maliano, um libanês, chegou hoje, depois de amanhã já tem uma cantina e um mês depois é cidadão angolano”, lamentou o deputado.